sábado, 4 de junho de 2011

8º Fichamento

Levantamento da prevalência de agenesias dentais em pacientes com idade entre 7 e 16 anos.


BORBA; Grasielle Vieira Carneiro; BORBA JÚNIOR; José de Camargo; PEREIRA; Key Fabiano Souza; da SILVA; Pedro Gregol. RGO, Porto Alegre, v. 58, n.1, p. 35-39, jan./mar. 2010. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; 2008. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Faculdade de Odontologia. Cidade Universitária, Universitário, 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil.
Correspondência para PG SILVA. Universidade Anhanguera, Faculdade de Odontologia. Campo Grande, MS, Brasil.


“A ausência de um ou mais dentes caracteriza-se como a anomalia de desenvolvimento dental mais comum no ser humano. Vários termos têm sido usados para definir a ausência congênita de dentes.”
“ A formação de todo e qualquer dente se origina da lâmina dental, que é uma extensão do epitélio oral da mandíbula e maxila, desenvolvida por volta da sexta semana de gestação. Dentre as causas dessas alterações, são citados os fatores locais, ambientais, sistêmicos e hereditários.
Na maioria dos casos, os diagnósticos das anomalias dentais são achados em radiografias panorâmicas realizadas por algum motivo, como por exemplo, a documentação ortodôntica. É importante salientar que os exames radiográficos bem indicados e realizados juntamente com o exame clínico acurado são fundamentais para o diagnóstico, sendo importantes para o planejamento e a terapêutica de cada caso.
Foram avaliadas 5 500 radiografias panorâmicas sendo selecionada uma amostra de 1 500. Os pacientes, na faixa etária entre 7 e 16 anos, foram provenientes das Clínicas Radiológicas (Master Clínica Radiodiagnóstico e Doc Center, Radiologia e Documentação Ortodôntica - LTDA). Eles não sofreram nenhum tipo de perda de elementos dentais por extração ou qualquer outro motivo.
Para diagnosticar esta anomalia foi levado em consideração a idade do paciente e o exame radiográfico
panorâmico, observando-se a época normal de formação e erupção dos dentes permanentes baseado na Cronologia de Desenvolvimento da Dentição Humana.”
“Com o aumento do número de profissionais de odontologia no mercado de trabalho e conseqüente redução de custos, houve maior acesso da população ao tratamento odontológico, inclusive o ortodôntico. Na realização de um tratamento adequado, o profissional solicita ao paciente um exame radiográfico, fornecendo assim uma maior oportunidade de diagnóstico.
A agenesia dos terceiros molares é a mais comum, podendo ocorrer em até 20% das populações estudadas.
A explicação para os tipos dentais mais freqüentemente envolvidos na agenesia desse levantamento
parece estar relacionada à maioria absoluta de ausência congênita de dentes ocorrer nos elementos terminais de cada grupo (terceiro molar, segundo pré-molar, incisivo lateral), podendo ser atribuída a uma evolução filogenética.”
“Os estudos da prevalência da agenesia diferem muito entre si. Fatores que influenciam essas ausências dentais como o impacto da variação racial, socioeconômica, intelectual e da localização geográfica não devem ser desprezados até que se prove o contrário. Os terceiros molares são os dentes mais ausentes, com forte tendência a desaparecerem nas gerações futuras.
Os possíveis fatores etiológicos determinantes da ausência congênita de dentes são considerados como
principais causas o fator hereditário e, constantemente associado à displasia ectodérmica16-19. Pindborg20 associou a anodontia a alterações como displasia ectodérmica hereditária e Síndrome de Down.
É importante ressaltar que, para se obter um diagnóstico definitivo das agenesias dentais, deve-se realizar um estudo da história clínica e a interpretação da radiografia panorâmica. “Ambos os estudos são imprescindíveis para se estabelecer a confiabilidade e validade no diagnóstico da agenesia dentária.”

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